Em uma fotografia de Walda Marques
Nem sempre há uma
segunda
chance
de um outro olhar.
A mão, toma e
recebe,
as mariposas
que iluminam
a memória imaginária.
Anônima mão,
que toma o
anônimo prato.
O barco, a ilha, a mão.
Continentes.
Um outro olhar,
uma noite.
De noite quando ainda chove em julho
sombra
lí
q
ui
da
e
g
ri
t
os.
Caracaraí – RR 1990
Azul,
azul
Criar um mundo azul
Onde tudo seja azul
Até o azul
azul,
Azul.
Belém – Pa 1984
Vinte anos esta noite
“…E existem tantas auroras
que não brilharam, ainda…”
Rig Veda 7, 76
Vinte anos esta noite.
Depois de tantas noites:
Sete mil e trezentos
e cinco noites - exatamente -
incluindo noites bissextas.
Foi uma imensa noite:
Ainda faz escuro,
ainda.
A noite é quase finda,
e estamos tão velhos, agora.
Um comentário:
Márcio-San, o Mazzini, Azul aos Vinte, Maduro aos Trinta, Jovem aos Quarenta... Parabéns!
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