“O que restou dos sonhos ” é seu único livro publicado (50 páginas , 15 poesias , Goiânia, 1981), graças a um amigo que conseguiu reunir fragmentos da sua obra , quase toda perdida para sempre . Quando dessa publicação, patrocinada pelo governo estadual, Augusto Cezar Bastos tinha 60 anos . Ignoro se ainda vive.
Faz tanto frio , tanto ,
e eu , doido a morrer de frio e espanto ,
Paro diante de umas velhas casas .
Ouço o bater tétrico de asas
e o rangido soturno de uma porta .
Faz tanto frio , tanto ,
e eu , doido a morrer de frio e espanto ,
volto a correr pela cidade morta .
Nas noites de lua cheia .
Cantando “três cavaleiros ,
Tem buracos onde a água
Vai brincar de se esconder .
Nas calçadas o luar
Dorme até o amanhecer .
E no luar encontrando
e as cascatas de luz não trazem mais alento
aos frangalhos que são os meus cinco sentidos
Tenho no peito temporais violentos
e nos meus olhos trago refletidos
o pensamento atroz e a dor desses momentos .
Tenho noites sem fim , de sonhos povoadas
e ao ver o sol eu sinto tristemente
a certea cruel das frias alvoradas .
de um violino que o diabo fez presente
a outro diabo que vive às gargalhadas .
2 comentários:
Oi sou Rai eu queria uma explicação melhor sobre Augusto cézar bastos dava pra vc fazer isso? por favor ! face (Rai de Oliveira)
pode me explicar melhor sobre augusto cézar bastos...face (Rai de oliveira)
Postar um comentário